Por uma Igreja Missionária
Na constituição de uma Igreja Local, que seja verdadeiramente missionária, mais uma vez recorremos ao que nos diz a V Conferência de Aparecida em seu parágrafo 168: "A Diocese, em todas as suas comunidades e estruturas, é chamada a ser "comunidade missionária". Cada Diocese necessita fortalecer sua consciência missionária, saindo ao encontro dos que ainda não crêem no Cristo, no espaço do seu próprio território e responder adequadamente aos grandes problemas da sociedade na qual está inserida. Mas também, com espírito materno, é chamada a sair em busca de todos os batizados que não participam na vida das comunidades cristãs". Ou ainda, no parágrafo 309: "Se desejamos pequenas comunidades vivas e dinâmicas, é necessário despertar nelas uma espiritualidade sólida, baseada na Palavra de Deus, que as mantenha em plena comunhão de vida e ideais com a Igreja local e, em particular, com a comunidade paroquial. Por outro lado, conforme há anos estamos propondo na América Latina, assim a paróquia chegará a ser 'comunidade de comunidades'".
Identificar-se como discípulo e missionário de Jesus Cristo no contexto histórico em que vivemos é sem sombras de dúvidas um dos maiores desafios que nós cristãos batizados e batizadas temos. E desde o Concílio Vaticano II, este é o desafio que a Igreja peregrina busca compreender e superar. Tanto que no Documento Conciliar "Gaudium et spes" - sobre a Igreja no mundo de hoje, temos em seu parágrafo primeiro: "As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhe ressoe no coração. Com efeito, a sua comunidade se constitui de homens que, reunidos em Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo, na sua peregrinação para o Reino do Pai. Eles aceitaram a mensagem da salvação que deve ser proposta a todos. Portanto, a comunidade cristã se sente verdadeiramente solidária com o gênero humano e com sua história". Nós, enquanto Igreja local, estamos em comunhão com a Igreja Universal, por isso atentos às mudanças que acontecem ao nosso redor e no mundo sejam elas éticas, políticas, econômicas, sociais, culturais, tecnológicas e religiosas.
Seguindo este espírito de missão, atentos ao que diz o Documento da CNBB número 40, em seu parágrafo 51: "O desígnio de Deus, de levar os homens à comunhão plena entre si e à participação na própria comunhão divina, ainda não está plenamente realizada. A Igreja está a serviço dessa realização; a missão continua. A Igreja ainda se encontra a caminho, até que Deus seja tudo em todos e se afirme plenamente o seu Reino".
Um abraço terno e fraterno a todos vocês e suas famílias.
Com carinho e estima.
Dom Vilson Dias de Oliveira - Bispo Diocesano de Limeira
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